Como eu vim parar no Líbano
Por que o Líbano?
Para ser sincera nem eu sei bem o motivo que despertou tanta paixão por esse país que apesar de tão pequeno é abundante em tantas coisas (inclusive problemas).
Eu sempre fui obcecada por história antiga, principalmente os Egípcios, e Fenícios. Com 12 anos de idade aprendi o alfabeto Fenício (primeiro alfabeto do mundo). E usava ele como código para escrever em meu diário.
Livros sobre história antiga sempre estavam em minhas mãos, amava olhar as fotos e imaginar como deveria ser maravilhoso visitar essas ruínas um dia. Também fiz aula de dança do ventre, e sempre apreciei a culinária levantina.
No ensino médio tive colegas libaneses. E comecei a pesquisar mais e mais sobre o Líbano. Mesmo aí no Brasil eu já sabia que o Líbano era muito mais do que “bombas e terroristas”.
Comecei a aprender inglês por conta própria porque já sonhava em estudar fora.
E um dia lendo um dos poucos artigos em português sobre o Líbano, fui procurar pelo autor. O autor era ninguém mais que um professor brasileiro-libanês, que fundou na faculdade em quem trabalha o CECAL (Centro de Estudos e Cultura da América Latina) cujo um dos objetivos é promover o intercâmbio entre estudantes da América Latina e o Líbano.
Naquele momento uma lâmpada acendeu em cima da minha cabeça!
Escrevi para o professor, ele me enviou em detalhes toda documentação que era precisa para o processo.
Demorou um ano, entre traduções, visitas aos consulados e é claro guardando dinheiro, para que eu pudesse me preparar.
E eu vim! Terminei minha faculdade aqui na terra dos cedros!
Durante todo o período que fui estudante, foram aventuras diárias. A barreira com o idioma, choques culturais e outras coisas loucas que tive que enfrentar.
Depois que conheci meu marido, conheci também um “outro Líbano”. Um Líbano ainda mais bonito e intrigante.
E ainda hoje, depois de uma década aqui. Ainda me deslumbro com cada ruína que encontro.
Minhas 3 filhas nasceram em Biblos, a cidade Fenícia mais importante. E uma das cidades mais antigas do mundo.
Das páginas dos meus livros para o meu dia a dia.
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